Começam a ser ouvidas hoje pela
Justiça Federal as testemunhas do processo que julgará os acusados pelo
acidente do voo 3054 da TAM, ocorrido no aeroporto de Congonhas em 2007. A ação
penal tramita na 8ª Vara Criminal Federal de São Paulo, que aceitou, em 2011, a
denúncia formulada pelo Ministério Público Federal (MPF). O acidente é a maior
tragédia aérea da história do país.
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Os acusados de crime de atentado contra a segurança
do transporte aéreo na forma culposa (quando não há intenção) são a ex-diretora
da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, o então
vice-presidente de Operações da TAM, Alberto Fajerman, e o diretor de Segurança
de Voo da TAM à época do acidente, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e
Castro.
Denise Abreu é apontada pelo MPF como
corresponsável pelo acidente, por ter liberado a pista do aeroporto sem o
serviço de grooving (ranhuras que facilitam a frenagem das aeronaves) ter sido
executado. Castro e Fajerman deixaram, segundo o MPF, de seguir o manual de
segurança de operações da companhia. De acordo com o MPF, eles “não
providenciaram o redirecionamento necessário das aeronaves para outro aeroporto,
mesmo após inúmeros avisos de que a pista principal estaria escorregadia,
especialmente em dias de chuva”.
As oitivas das testemunhas serão divididas em datas
diferentes. Além das audiências de hoje e amanhã, as demais estão marcadas para
novembro e dezembro. Espera-se que o resultado do julgamento em primeira
instância seja proferido em 2014.
O avião que fazia o voo 3054 teria derrapado quando
pousava no aeroporto de Congonhas e bateu contra um depósito da empresa. O
choque provocou um incêndio de grandes proporções. Morreram 199 pessoas, entre
elas 93 gaúchos, entre passageiros, tripulação e pessoas que estavam em terra.
Fonte: ZERO
HORA