Segundo pesquisa publicada na revista Arthritis
Research & Therapy, tanto o número de cigarros fumados por dia quanto o
número de anos que a pessoa fumou aumentam o risco de artrite reumatoide (AR).
O risco diminui depois que a pessoa deixa de fumar, mas, em comparação com quem
nunca fumou, o risco ainda é elevado, mesmo após quinze anos de abandono do
cigarro.
Pesquisadores do Karolinska Institutet e da
Karolinska University Hospital analisaram dados do Swedish Mammography Cohort,
estudo que incluiu dados de 34.000 mulheres com idades entre 54 e 89 anos,
dentre as quais, 219 tinham AR.
Os resultados do estudo mostraram que mesmo quem
fuma pouco apresenta um risco aumentado de AR. Já para quem fuma até 7 cigarros
por dia, este risco é duplicado. Quando os pesquisadores compararam pessoas que
nunca fumaram com mulheres que fumaram por até 25 anos, eles descobriram que o
risco aumenta com a duração do hábito de fumar.
— Parar de fumar diminui as chances de
desenvolvimento de artrite reumatoide. E o risco continua diminuindo ao longo
do tempo. Quinze anos após parar de fumar, o risco de AR diminui em até um
terço. No entanto, em comparação com pessoas que nunca fumaram, o risco
permanece significativamente maior mesmo quinze anos após o abandono do cigarro
— explica o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Iredo,
Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares.
Parar de fumar é importante por muitas razões de
saúde, incluindo o aumento do risco de desenvolver artrite reumatoide para
mulheres fumantes.
— Mas o risco claramente aumentado de
desenvolvimento de AR, mesmo muitos anos depois do abandono do vício, é outra
razão forte para parar de fumar o mais rapidamente possível — destaca o médico.
Fonte: Zero
Hora