A aveia é um dos
alimentos que ajudam a baixar o colesterol ruim
Embora seja frequentemente chamado de vilão, o colesterol é
essencial para saúde. Sem ele, as células não conseguiriam formar e conservar a
membrana que as envolve e não poderiam receber alimentos e oxigênio. Ele é,
ainda, precursor para a síntese de vitamina D e de hormônios esteroides e
sexuais.
Bem mais da metade do
colesterol – 70% – é produzido pelo próprio corpo, enquanto o restante é
proveniente da alimentação. De acordo com o nutrólogo Mohamad Barakat, a
alimentação correta pode reduzir até 15% da taxa de colesterol.
— Ainda que a parcela de
colesterol produzida pela alimentação seja pequena, e que o componente genético
predomine em muitos casos, é preciso conscientizar a população de que mudanças
alimentares podem, sim, ajudar a reverter ou prevenir esse quadro — afirma o
especialista.
Existem dois tipos de
colesterol, o bom (HDL) e o ruim (LDL), e o problema começa quando o equilíbrio
é afetado. Quando as taxas de colesterol estão normais, o LDL ajuda no
funcionamento da gordura no organismo, mas em excesso provoca o chamado
“colesterol alto” e pode entupir as artérias.
Uma vez que a
hipercolesteremia é uma doença silenciosa, ou seja, não apresenta sintomas
evidentes, é preciso que cada um se informe sobre os seus níveis de colesterol
através de exames de sangue.
— Pessoas sem histórico
de colesterol alto na família devem fazer exames para medir suas taxas a cada
cinco anos, no mínimo. Já quem possui familiares que têm ou já tiveram a
doença, devem medir a cada dois anos. E se os níveis apresentarem alterações, o
acompanhamento do médico deve ser anual — explica o nutrólogo.
Para os casos mais
graves, o médico costuma recomendar medicamentos que funcionam no longo prazo e
reduzem as taxas de colesterol. O controle por meio de medicamento dá um pouco
mais de liberdade na hora de escolher a dieta, mas não quer dizer que o
paciente pode abusar.
— Frituras e alimentos
embutidos são grandes inimigos do colesterol alto — diz Barakat.
Em contrapartida, os
alimentos ricos em fitoesterois podem ser bons aliados. Encontrados em pequenas
quantidades em nozes, sementes, frutas e vegetais, os fitoesterois são
substâncias que inibem a absorção do colesterol no intestino e reduzem suas
taxas.
— Para quem tem
dificuldade em consumir alimentos vegetais e frutas in natura, vale apostar em
cremes de vegetais e sopas — sugere o nutrólogo.
Estudos indicam que o
ovo, por tanto tempo acusado de ser uma “bomba de colesterol”, pode ser
consumido moderadamente.
— Ele é rico em ácido
láurico e é importante para o funcionamento dos músculos, da memória, entre
outros e toda a lenda de que aumenta colesterol já foi desmentida com
pesquisas. Não sendo frito em óleo quente estão liberados de 2 a 4 ovos
inteiros cozidos por dia (dependendo do seu peso e metabolismo) — afirma
Barakat.
Quem possui níveis altos
de colesterol ruim no sangue (LDL) pode incluí-lo na dieta apenas com
moderação. O importante é seguir à risca as recomendações médicas e fazer os
exames regularmente, a fim de manter o quadro sob controle.
Bacon, biscoitos
amanteigados, camarão, creme de leite e peles de aves estão entre os alimentos
a serem evitados por quem precisa baixar o colesterol. Já mamão, pera, aveia,
feijão, salsão, ervilha e couve de bruxelas estão entre os aliados na redução
do colesterol.
Fonte: Zero
Hora