segunda-feira, 24 de junho de 2013

Conheça as duas faces do café quando o assunto é saúde

Alguns reservam um tempo especial para degustá-lo com exclusividade e apreciam seu sabor original, sem açúcar nem adoçante. Outros preferem misturá-lo ao leite, no clássico ritual matinal, acompanhado de torradas e de notícias fresquinhas. Há ainda os que não dispensam uma xícara digestiva depois de qualquer refeição e os que o usam como desculpa para se aproximar de alguém ou reunir amigos para uma conversa prazerosa.

Considerado por muitos um companheiro silencioso, que ajuda a despertar quando o sono bate e alivia o tédio na hora daquela reunião importante, o café tem dupla faceta quando o enfoque é saúde.

Apesar das diversas pesquisas revelarem os impactos negativos do seu consumo em excesso, a bebida tem uma aura soberana e se sobrepõe como paixão universal.

Gaúchos são os maiores
consumidores no país

A presença do café é solicitada nos mercados de todos os continentes. Ao lado da cerveja, é a bebida mais popular do mundo, consumida já há mais de 100 mil anos. Depois do petróleo, é o produto mais negociado no planeta, sendo que o Brasil é o maior produtor do mundo e o Rio Grande do Sul, o maior consumidor dentro do país.

Graças a fatores como maior poder aquisitivo e o clima frio, os gaúchos bebem nove quilos de café per capita por ano, enquantom, no país, o consumo chegou a 6,23kg por pessoa (de café verde, não torrado) em 2012, um recorde histórico. Bem menos do que os escandinavos, os campeões mundiais do consumo per capita, com 13kg.
 
Contradições

Em muitas situações, a ciência apresenta conclusões contraditórias sobre a cafeína e seus efeitos maléficos. Embora alguns casos de câncer, doenças cardiovasculares e osteoporose precoce estejam associadas ao alto consumo de cafeína, não há suficiente comprovação científica, explica a médica gastroenterologista Themis Reverbel da Silveira.

O que se pode afirmar com maior precisão, segundo ela, é o mal que essa substância em excesso faz para quem tem problemas gástricos. Por isso, doses superiores a duas xícaras de café ou quatro de chá diárias são contraindicadas para quem tem queixas digestivas, explica Themis.


Estimulante e viciante

Pelo misto de adoração e dependência que causa, o café é frequentemente considerado uma droga. A comparação não é descabida. Afinal, muitos efeitos da cafeína sobre o organismo são parecidos aos provocados pelas anfetaminas, pela cocaína e pela heroína, só que mais leves.


— Embora apresente mecanismos semelhantes, os efeitos são bem diferentes e atenuados — explica a nutricionista Ana Paula Machado Lins.


FONTE: ZERO HORA

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