quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Acidentes de trânsito superam os números de homicídio no Brasil

A revista Veja publicou recentemente, em sua edição 2333, uma grande reportagem que demonstra os números alarmantes de acidentes de trânsito no Brasil. A publicação apresentou dados de um levantamento do Observatório Nacional de Segurança Viária, feito com base nos pedidos de indenização ao Seguro DPVAT, que apontam que o número de vítimas de trânsito é maior do que o registrado para homicídio e câncer. Em 2012, a Seguradora Líder DPVAT registou um crescimento de 39% de indenizações pagas com relação ao ano anterior. Os casos de invalidez permanente representaram 69% do total e os pagamentos relativos às vítimas fatais alcançaram um número superior a 60 mil.
    Os dados do Seguro DPVAT ainda chamam a atenção para a faixa etária das maiores vítimas da violência no trânsito: 41% do total de indenizações pagas em 2012 foram para jovens entre 18 e 34 anos de idade. A revista aponta que isso equivale a duas tragédias como a da boate Kiss, em Santa Maria (RS) por semana ou ao dobro do número de médicos formados anualmente no país e a 90 em cada 100.000 jovens adultos brasileiros.
    A reportagem destaca também a situação no Nordeste do país, que representou 27% do total de indenizações de 2012, sendo metade deles relacionados a acidentes com motos. A região é a campeã nacional em número de vítimas com menos de sete anos sobre motocicletas, uma vez que é comum vermos nas ruas famílias inteiras – pai, mãe e filhos – circulando em cima de uma mesma moto. A falta de conscientização e fiscalização é um problema gravíssimo que leva a situações extremas como a do Hospital da Restauração, no Recife, a maior unidade de emergência médica da região, que chegou a ter 80% dos seus leitos ocupados por vítimas de acidentes de trânsito.
    Mas existem bons exemplos que poderiam ser seguidos no Brasil. De acordo com a revista, na Alemanha, as mortes em acidentes de trânsito caíram 81% nos últimos 40 anos e o governo tem como meta fechar um ano inteiro sem nenhuma vítima fatal. Além disso, a Austrália reduziu a mortalidade nas ruas e estradas em 40% ao longo de duas décadas, enquanto a China alcançou uma redução de 43% no número de mortes entre 2002 e 2011.
    Precisamos mudar esse quadro com urgência. É importante estarmos conscientes do nosso papel nessa mudança: fazer a nossa parte, passar para outras pessoas as boas práticas e respeito no trânsito e cobrar dos órgãos responsáveis maior rigor na fiscalização. Esse é um tema que atinge a todos nós e que merece maior atenção. Vamos lutar pela paz no trânsito e valorizar a vida!
FONTE: Revista Veja

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